Digo sempre que não sou perfeccionista.
Começou quando se iniciou a fase de preparação para o mercado de trabalho. Quando nos falavam em entrevistas, havia uma pergunta que surgia sempre: principais defeitos ou, vá lá, coisas menos boas, que defeitos a sério ninguém diz. E o que é que surgia a 99% das pessoas a quem essa pergunta era feita? Perfeccionismo.
Ah, que sou tão perfeccionista que só quando as coisas estão perfeitas é que fico satisfeito, como se fosse um grande defeito (e como se fosse verdade, grande parte das vezes). Tretas. E, por isso, sempre me recusei a dizer que era perfeccionista, até porque nunca me considerei. Nunca fui daquelas pessoas que, num trabalho de faculdade que se fazia em, digamos, 3 horas, 2 eram perdidas a formatar e a pôr bonitinho. Não, o que ali me interessava era realmente o conteúdo. As formatações, para mim, eram sempre as mesmas, simples e
straigh to the point. Mas sempre apanhei daqueles colegas que pesquisar e escrever que é bom, fica para os outros, porque o que é importante é pôr aquele título mais azul petróleo e o outro mais azul céu.
Que perda de tempo.
O que é certo é que agora me vejo a fazer o mesmo para o blogue.
Ah, se puser a letra um bocadinho maior fica mais bonito. Deixa cá ver se a imagem fica mais centrada, se acrescentar aqui mais um espacinho à esquerda. Com tanto que tenho para fazer para a tese, que praticamente ainda não comecei e para a qual tenho menos de uma semana para entregar o projecto, e ando nisto. Terei passado a ser assim tão perfeccionista? É que, se pensar bem, também sempre o fui, mas com coisas muito específicas e de que gosto realmente: com a história dos blogues, com decoração (nem vos digo nem vos conto quantas vezes já alterei a disposição dos móveis do meu quarto. De vez em quando vão os da sala.), enfim. Afinal sempre o fui e só não admitia por simples obstinação.
Não quero ser igual aos outros. Mas... até posso admitir sê-lo, agora dizê-lo como defeito numa entrevista, isso é que continua fora de questão. Continua a soar-me mal, querem o quê?
Bem, esta conversa para dizer que mudei a imagem do blogue e mudei também o meu nome de apresentação, que o anterior já me andava a chatear (foi demasiado escolhido à pressa porque eu queria era escrever). Agora sou a Patty, mais perto da realidade. Praticamente ninguém me chama assim, com excepção da melhor colega de trabalho (e amiga) que tive o prazer de conhecer. Se há coisa que vou ter saudades nesta empresa, é dela (mas apesar de tudo, vou ter saudades de muita coisa). Por isso, e como hoje foi anunciada a minha saída da empresa e ainda estou com um aperto no coração que agora é que já está mesmo e não há como voltar atrás, decidi usar este nome. Patty.